sexta-feira, outubro 20, 2006

Um plano...

Hoje anseio, arfante,
A destruição do Mundo,
O colapso do Universo que o sustenta.

Não permitirei que o destruam!
Serei eu a desmembrá-lo
Entre a fragilidade das minhas mãos.
Rasgá-lo incisivamente,
Mastigar cada pedaço,
Degustar o seu fel.
Vomitá-lo!
Lodo (i)mundo,
Amorfa armadilha paralisante.

No mesmo instante,
Momento,
Em que tudo sucumbir,
O que serei, sou, fui,
Sucumbirá,
Na precisa exactidão
No olhar negro profundo de Mnemósina,
Que se cerrará.

Falharei, Falho, Falhei,
O nulo absoluto.
A possibilidade de recomeçar
Não estava ponderada.

Falhei!

sexta-feira, outubro 13, 2006

...

A premente desilusão.
Cair ao oco fundo do optimismo.
Abrir os olhos e morrer.

O corpo perde-se no labirinto das mãos que o tocam,
Espera não se perder em si mesmo.
Repousa no caminho...
Até que mãos o voltem a encontrar
No fingimento involuntário da insanidade.

As palavras tombam
Em tumba que é corpo
Funâmbulo em si.